Praça
Praça 8 de Maio
Foi a 8 de Maio de 1834, que entraram na cidade de Coimbra, as tropas liberais do Duque da Terceira. Até aí, e mesmo muito depois, esta praça era popularmente conhecida como Largo de Sansão, pois no centro da praça havia uma estátua dessa personagem bíblica, que encimava um chafariz, construído a mando de D.Afonso Martins, prior de Santa Cruz.
Em tempos idos, o Largo de Sansão era um dos locais preferidos pelas vendedeiras, para aí exibirem os produtos das suas hortas e não só, o que levou a Câmara, em 1784, a determinar que só aí podiam transacionar os seus produtos, as vendedeiras com mais de 50 anos e de boa reputação.
Curioso é também o facto de, em 1612, a Câmara ter decidido proibir a lavagem de louça e roupas nesse local. Esse chafariz acabou demolido, a fim de ser construído o atual edifício da Câmara Municipal de Coimbra, em terrenos que haviam pertencido ao Mosteiro de Santa Cruz.
Nesta praça merecem destaque:
•A Igreja de Santa Cruz, que antes do rebaixamento da praça, ficava a outra altura (era necessário descer 1 degraus para lá entrar, e atualmente, sobem-se 2 degraus.) O muro em frente mostra-nos a altura anterior d a praça.
• desapareceram as palmeiras, surgindo do lado direito, um lago com repuxos.
•o Café Santa Cruz, instalado na antiga Igreja de S. João de Santa Cruz, onde entrar é sempre um deleite para os olhos pois podemos apreciar os seus vitrais bem como a magnífica abóbada que lhe serve de cobertura.
Curiosamente, os dois prédios na zona central da praça, são os mesmos que ainda hoje existem no início da rua Visconde da Luz. Esta rua, antiga rua de Coruche, adquiriu este nome em 1858, depois de ter sofrido obras de alargamento, e era famosa pelos seus ourives.
Em 1979 o trânsito ainda passava pela Praça 8 de Maio, assim como os Tróleis ou “Pantufinhas”, nome carinhoso dado pelos conimbricenses, por não fazerem barulho.
Do lado contrário da Praça, vemos a rua da Sofia e o edifício da Caixa Geral de Depósitos, muito ao gosto da arquitetura do Estado Novo.
Sugestões
